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"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina"

quinta-feira, 22 de março de 2012

Carretilha

Existem carretilhas de vários tamanhos e modelos. A carretilha requer mais habilidade do pescador, pois, com a falta de prática, ela provoca as cabeleiras (linha embaraçada) dentro do carretel. Para quem tem prática (pesca frequentemente) ela é muito melhor para fazer arremessos.

CARRETILHA

Vantagens

Desvantagens

Alta resistência, própria para peixes grandes. Maior dificuldade de manejo, principalmente para principiantes, ocorrendo a formação de backlash - cabeleira.
Proporcionam arremessos mais longos, principalmente as providas de rolamentos. Maior dificuldade no arremesso de iscas leves ou a curta distância.
Maior precisão nos arremessos.  
Maior durabilidade da linha, pois as mesmas são enroladas em seu carretel sem se torcerem, proporcionam também menor atrito nos passadores.  
Boas para arremessos em situação de vento pois proporciona menos "barriga" ao liberar a linha no arremesso.  

Carretilhas de Baitcasting e iscas naturais
A carretilha pode ser encontrada em vários tamanhos e em modelos para diversos tipos de pescaria.
No caso do baitcasting e da pesca com iscas artificiais, esse equipamento è muito valioso, pois dá maior precisão aos arremessos, um trabalho mais suave e contínuo da isca e maior força de tração na hora da briga com o peixe.
Não são muito utilizadas pelos pescadores iniciantes, pois exigem uma dose de habilidade no arremesso a fim de evitar as “cabeleiras”.O que gira liberando a linha è um carretel apoiado sobre pequenos rolamentos, diferente do molinete, que possui carretel fixo e o que gira è a própria linha.O recolhimento da linha nas carretilhas è feito por uma manivela ligada a um conjunto de engrenagens que fazem o carretel girar. Esse sistema evita a torção da linha e prolonga sua vida ùtil.

As carretilhas classificam-se em (suportam linhas):
Leve: De 3 a 6 libras.
Média: De 8 a 20 libras.
Pesada: De 25 a 48 libras.
Extrapesada: Acima de 48 libras (pesca de fundo e oceânica).

Para um arremesso preciso é necessário conhecer e regular sua carretilha:
Botão de sintonia fina: está localizado atrás da manivela e funciona como um freio do carretel na hora do arremesso. Deve estar regulado em função do peso da isca. Quanto mais pesada à isca, mais travado deve estar o botão de sintonia.
Freio magnético ou centrifugo: fica no lado oposto ao da manivela e serve para controlar a velocidade da isca desde a sua saída até a água. É ele que deve ser controlado para evitar a cabeleira depois de efetuado o arremesso.
Fricção: localiza-se atrás da manivela, com formato de estrela, e evita que a linha arrebente. Alguns modelos de carretilha têm um recurso chamado flipping ele faz com que o carretel volte a posição fechada sem precisar girar a manivela.


Carretilhas de fly
Muitas pessoas acreditam que a carretilha de fly não tem nenhuma influência no arremesso e que sua função é apenas armazenar a linha.Na pesca de fly, assim como em outras modalidades, alguns peixes podem tomar bastantes linhas e certas características podem fazer a diferença.

Deve se observar alguns fatores: fricção, durabilidade, manutenção, capacidade de linha de arremesso, tipos de carretel e entre outros.

Fricção: São 3 tipos básicos: Fricção a disco, fricção do tipo turbina e sem fricção.As carretilhas com fricção a disco subdividem-se em fricção mecânica e fricção por disco de cortiça. A primeira é a mais comum, tem qualidade variável e exige constante manutenção e limpeza. A segunda opção é a mais utilizada para a pesca marítima e também é a mais cara.A fricção tipo turbina é muito popular. É macia e praticamente elimina o tranco inicial da saída de linha, não é indicada para as pescas pesadas. Nas carretilhas sem fricção, o pescador aplica pressão no carretel com a palma da mão (rim control).São as mais simples e baratas, mas não funcionam bem com peixes que tomam muita linha.

Linha mais backing – Para os peixes que tomam muita linha, a capacidade de backing ou linha extra è essencial. Isso aumenta o diâmetro do carretel e conseqüentemente a velocidade de recolhimento.

Tipos de carretel – Há apenas dois tipos:
Large arbor que recolhe uma quantidade maior de linha a cada giro e tem uma velocidade maior de recolhimento. Pode ser útil em uma briga em que seja preciso recolher o peixe rapidamente.
Direct Drive ou Anti-Reverse – A maioria das carretilhas de fly são direct drive, isto é, a manivela gira junto com o carretel. Nas que anti-reverse isso não acontece. Esse tipo de carretilha é utilizado na pesca de peixes de grande porte, como os oceânicos, e pode evitar acidentes, já que a manivela estará girando muito rápida.


Carretilha de pesca oceânica
A principal característica das carretilhas nessa modalidade de pesca é a grande capacidade de armazenar linha. Para os marlins, por exemplo, a carretilha tem que comportar pelo menos 500 metros de linha. Isso é muito importante, pois na pesca oceânica os peixes costumam ser de grande porte e exigem muita linha.O pescador não deve deixar o carretel muito freado, pois isso pode ocasionar uma tensão muito forte e a conseqüente quebra da linha.

Quanto mais linha o pescador solta, mais fácil fica a captura. Normalmente o equipamento para pesca oceânica è ultrapesado, ou seja, suporta linhas acima de 48 libras.No entanto, há equipamentos mais leves para os pescadores mais experientes e peixes menores, podem garantir uma divertida briga.

CLASSIFICAÇÃO DAS CARRETILHAS

TIPO LINHAS

LEVE

linhas de 0.14 a 0.20 mm (3/6 lb)

MÉDIA

linhas de 0.23 a 0.37 mm (8/20 lb)

PESADA

linhas de 0.40 a 0.62 mm (25/48 lb

EXTRA-PESADA

acima de 0.62 mm (48 lb)
(usada em pesca oceânica)

 

COMPONENTES DA CARRETILHA

Freios mecânicos ou magnéticos:
As carretilhas são dotadas de freios mecânicos ou magnéticos, que tem por finalidade evitar a formação de cabeleira. Para uma boa regulagem do freio, deve-se segurar a vara na horizontal, liberar gradativamente o freio, com a carretilha destravada, até que a isca artificial ou o conjunto, chumbo e isca natural, desça lentamente. Este é o ponto ideal de arremesso.

Gear ratio:
A expressão em inglês "Gear ratio " indica a relação de recolhimento. Exemplo: Gear 5:1 - indica que para cada volta da manivela são das 5 voltas no carretel. Esta relação é muito importante quando se pesca com iscas artificias.

Rolamentos:
A expressão em inglês "Ball bearing " indica ser uma carretilha com rolamentos. Quanto mais rolamentos, melhor a carretilha.

 

DICAS:

Colocando a linha:

A colocação da linha em uma carretilha deve ser feita com o carretel colocado frontalmente, de forma que gire enquanto estiver abastecendo a carretilha. Desta maneira evitam-se torções na linha. Tome cuidado para não enchê-lo demais ou de menos, respeitando um espaço de 1,5m até a borda do carretel. Coloque linha, de preferência, conforme as especificações da linha utilizada. Nunca utilize uma linha fora da especificação da sua carretilha

Regulando o freio:

Para se arremessar com carretilhas, com o equipamento já montado, execute a regulagem de freio. Isto é feito usando o botão de sintonia fina, de maneira que ao balançar a vara, a linha com a isca ou o peso desça suavemente.

Regulando a fricção:

Tanto para molinetes, carretilhas ou spincasts, o sistema de fricção normalmente é o mesmo. Um dispositivo de regulagem do carretel permite liberar as linhas com a pressão desejada. Sua necessidade se deve a evitar excessos tanto de resistência como quanto a de liberdade para os peixes.
Com a linha mais solta, os peixes têm facilidade de levar muita linha e enroscá-la ou tomar muita linha de seu carretel. Ainda se estiver muito fechada, pode romper logo nas primeiras corridas. Essa pressão precisa variar de acordo com a linha e modalidade de pescaria que você estiver fazendo.

Um aspecto bastante importante é que a regulagem da fricção deve ser feita a ¼ de resistência da linha usada ou da vara (quando esta for de resistência menor que a linha). Exemplo: se você abasteceu a sua carretilha com linha de 12 libras de resistência, o seu ajuste deverá ser de 3 libras. Para executar esse ajuste, monte seu conjunto vara, carretilha e a linha passada, coloque uma balança na ponta da linha e aplique pressão na vara. Ela deverá acusar as 3 libras quando começar a soltar linha e, caso a marcação seja inferior, girar a estrela junto à manivela até atingir as 3 libras. Caso marque a maior, girar a estrela no sentido oposto de forma a soltar mais fricção para atingir as 3 libras desejadas. Para conversão de libras em quilos multiplique o valor em libras por 0,4536.
A regulagem da fricção, além de proporcionar maior emoção na hora da pescaria (por proporcionar uma briga mais justa com o peixe), ainda garante uma maior vida útil do equipamento, pois as engrenagens não estarão sendo danificadas.

Arremessando com sua carretilha:

Para executar o arremesso você deve liberar o carretel acionando o botão do lado direito, ou o auto cast, quando a carretilha for dotada deste recurso. Use o polegar para manter o carretel preso. Ao arremessar, alivie a pressão do polegar permitindo que o carretel gire e libere a linha, continuando o movimento. Importante: no momento que a isca toca na água ou chegar ao alvo desejado, exerça pressão novamente com o polegar, não permitindo que o carretel continue girando, evitando, desta forma, as famosas "cabeleiras".

Como fazer para evitar a cabeleira:
Faz-se necessário aprender a regular a carretilha, antes do uso. Primeiramente, a "roseta" (que fica logo abaixo da manivela) é o regulador da fricção e através dele se permite que a linha possa ser liberada sem risca de partir na luta com o peixe. O botão deslocado, abaixo da "roseta", é o de sintonia fina. Ele tem muita influência em relação ao peso da isca a ser lançada, pois se estiver muito aberto (sentido-horário), muito provavelmente ocorrerá "cabeleira" num arremesso, independente da regulagem do freio; se estiver muito fechado, a isca poderá até não sair.
Para regular este botão corretamente, com a carretilha armada na vara, coloca-se esta numa posição de 45º com o peso próximo ao tip top (último passador, na ponta da vara). Aí, fecha-se o botão da sintonia fina (sentido horário) e destrava-se o carretel. O peso não descerá. Começa-se a soltar aos poucos a sintonia fian (sentido anti-horário) até que o peso inicie a descida. Soltando-se demais, o peso descerá abruptamente e de menos o peso descerá somente um pouco.
Para quem está iniciando, é melhor usar o máximo de regulagem do freio. No caso do freio magnético, quanto mais perto do número maior (ascendente), mais ele restringirá a saída de linha, ou seja, o arremesso será mais curto. Mas, isto minimizará o efeito do carretel girar mais rápido na saída da linha. No caso do freio centrífugo, é só abrir totalmente os pinos que o efeito será o mesmo.
Simultaneamente, deve-se aprender a utilizar o "dedão", experimentando frear o carretel a cada lançamento, de tal forma que se torne automática a posição do dedo bem próximo (o suficiente para sentir a linha saindo) do carretel. Após algum tempo de treino, já será possível liberar o freio mais um pouco. No primeiro caso, ajustando para um ou dois números inferiores, e no outro, recolhendo dois pinos. Isto até que se consiga efetuar arremessos com a regulagem entre os números 3 e 5 (no caso do freio magnético) e dois pinos abertos (no caso do freio centrífugo).
Algumas carretilhas, como as de modelo "tambor" (Abu Garcia, série Ambassadeur, por exemplo), vêm somente com dois pinos no freio centrífugo, que geralmente não permitem regulagem. Nessa hipótese, a única solução é o ajuste através da "sintonia fina" e do controle do "dedão".


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Texto e Foto - Reprodução

Fonte: Web

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